217 - O DOIDO VARRIDO.

Postado em 13-05-2019 as 00:08 hs

Uns dos maiores escritores brasileiro, Ariano Suassuna, manifestava em seus vídeos uma grande simpatia pelos “Doidos”, isto porque dizia que via nos supostos doidos uma certa originalidade que assemelhava com os escritores, pois ambos não enxergam o comum, mas sim a verdade por atrás da aparência. Lógico que esta afirmação tem um tom de brincadeira por parte do mestre escritor, entretanto cria uma reflexão bem interessante, o que é significa ser “Doido”?


Trabalhar de segunda a sábado, 10 horas por dia, perder horas no trânsito ou no trajeto para o trabalho, chegar em casa exausto e não conseguir fazer mais nada além de descansar para o outro dia, que se repetirá exatamente igual ao anterior. Ou abrir uma empresa, correr o risco de ficar endividado a vida toda por erros de administração de políticos descompromissados, receber ações e execuções contra si gerando as mais drásticas frustrações econômicas e emocionais.


Brigar entre amigos por questões politicas, futebol ou outras coisas irrelevantes, carregar imensas mágoas por isso, como se isso definisse o caráter de uma pessoa. Criar inimigos dentro da própria família por divisão de herança, onde cada um disputa quem ficará com a maior quantidade.


Passar a maior parte da vida juntando capital, deixando pouco tempo para pessoas que ama e as viagens que poderia fazer. Viver sempre a mesmice, desenvolvendo o medo da mudança e até mesmo um complexo de inferioridade com relação as outras pessoas. 

Não se preocupar com a saúde, se alimentar mal, não fazer exercícios, tomar excessivos remédios ou realizar procedimentos cirúrgico arriscado que poderiam ser evitados com melhores hábitos. Se preocupar apenas com a beleza estética e não dar importância a construção do conhecimento em sua vida. 

Passar a maior parte da vida conectado a um celular ou um computador, fazendo desta atitude um vício insuperável, bem como vários outros víncios que levam a destruição. Quem será mais louco, os “Doidos do hospício” ou os “Doidos que a sociedade constroem”.

Fica a reflexão porque todo mundo tem suas loucuras, mas não existe loucura maior do que ver a vida passar e não fazer nada para aproveitá-la na sua essência e não torná-la intensa e relevante.



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